Cirurgias otológicas
A audição é o sentido pelo qual percebemos os sons. Em todas as cirurgias de orelha e no osso temporal aplicam-se os princípios básicos que incluem: assepsia, microscópio cirúrgico, instrumentalização especial, uso de sedação pré-operatória, anestesia e antibioticoterapia.
MIRINGOTOMIA É a incisão de parte tensa da membrana timpânica, a aspiração de líquidos mediante pressão no tímpano, e com frequência, a colocação subsequente de pequenos tubos ocos de equalização de pressão, também conhecido como timpanostomia ou tubos de miringotomia. Esse procedimento é indicado para otite média aguda que é um acúmulo de pus infectado na orelha média, que não respondeu a antibioticoterapia. Mais comum em crianças. Se não tratada a perda auditiva pode afetar o desenvolvimento da linguagem e o nível do quociente de inteligência (QI). Ao se liberar o líquido a audição pode ser restaurada e a infecção tratada.
TIMPANOPLASTIA É o reparo cirúrgico da membrana timpânica e do tímpano e a reconstrução da cadeia de ossículos. Esse procedimento é indicado para perdas auditivas de condução causadas por perfuração da membrana timpância, para descontinuidade ossicular, otite média crônica, ou incapacidade de realizar atividades aquáticas. A perfuração do tímpano é a lesão otológica grave mais comum a exigir intervenção cirúrgica.
MASTOIDECTOMIA É a remoção do osso doente do processo mastóide e do espaço mastóideo. É realizado no tratamento de colesteatoma, que é o resultado do acúmulo de epitélio escamoso e de seus derivados na orelha média e no processo mastóide, com a formação de massa semelhante a cistos. Com o aumento deste cisto, destrói a orelha média e o processo mastóide, com isso o osso doente deve ser removido.
Há três tipos de mastoidectomia:
Mastoidectomia simples: remoção do osso doente do processo mastóide;
Mastoidectomia radical modificada: remoção do osso doente do processo mastóide junto com parte dos ossículos e da