Cirrose
Publicado em 3 de abril de 2013 por venki
O fígado é o maior órgão abdominal no ser humano, localiza-se em uma porção significativa da região superior do abdome, ocupando todo o lado direito e parte do lado esquerdo. Com peso aproximado de 1,5kg, representa quase 2,5% do peso corpóreo total do adulto. Realiza um grande número de atividades metabólicas, nutrição, coagulação e defesa imune, necessárias à homeostase. É composto basicamente por células epiteliais (hepatócitos) e diminutos canais que formam as vias biliares. O fígado tem uma enorme reserva funcional e uma excelente capacidade regenerativa. Ainda que se remova cirurgicamente 60% do fígado, espera-se que em 4 a 6 semanas ocorra regeneração quase completa do tecido removido com pouca, ou nenhuma, diminuição da sua função.
Porém, apesar destas características incríveis do fígado, um grande número de doenças (agudas e crônicas) são capazes de gerar processos irreversíveis que frequentemente levam à insuficiência hepática grave e a morte. Nestes casos, a cura só pode ser alcançada pelo transplante de fígado, ainda que muitos tratamentos tenham a capacidade de aumentar a sobrevida do doente e evitar complicações inerentes a estas condições.
A cirrose, então, representa o estágio final e irreversível das doenças crônicas do fígado, caracterizada por um processo fibrótico, destruição da arquitetura hepática e formação de nódulos de regeneração. Pacientes com cirrose tem expectativa de vida diminuída, estando suscetíveis a um grande número de complicações. Nos Estados Unidos, a cirrose e as doenças hepáticas crônicas, são responsáveis anualmente por 25.000 mortes e mais de 370.000 internações. Qualquer doença crônica do fígado pode eventualmente levar à cirrose. A hepatite crônica pelos vírus B e C e o uso de bebidas alcóolicas são as causas mais comuns associadas à cirrose.
O grande objetivo nestes pacientes é tentar evitar ou diminuir o