circuitos magneticos
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CIRCUITOS MAGNÉTICOS COM ÍMÃS
PERMANENTES
Considere o núcleo de material ferromagnético mostrado na figura 14.1, enrolado com um enrolamento de N espiras. Fazendo circular por este enrolamento uma corrente de intensidade I, suficiente para levar o núcleo à saturação, e em seguida extinguindo-se esta corrente, de acordo com a teoria dos domínios magnéticos já vista, o núcleo manterá um magnetismo residual, conforme pode ser visto no ciclo de histerese da figura 14.2.
Pode-se dizer que o material ferromagnético imantou-se, ou tornou-se um ímã permanente.
i
B figura 14.1 - Núcleo com enrolamento de N espiras
Curva de desmagnetização Br
Hc
figura 14.2 - Ciclo de Histerese
A região de interesse no ciclo de histerese é o segundo quadrante. Este trecho é chamado de curva de desmagnetização, e representa as características de um dado ímã. O ideal é que os ímãs permanentes apresentem alta retentividade (interseção da curva com o eixo B), e alta coercitividade (interseção da curva com o eixo H), medida da dificuldade de desmagnetização do material. Uma característica muito importante em um ímã permanente é o máximo valor B×H (BHmax) (Não se trata so produto de Bmax por Hmax). A figura 14.3
146 apresenta algumas curvas de desmagnetização. Por ela, percebe-se que a curva que dá o máximo BH é a curva 2.
3
Alta retentividade, baixa coercitividade
Retentividade intermediária, coercitividade intermediária
2
baixa retentividade, alta coercitividade
1
Figura 14.3 - Curvas de desmagnetização
O máximo produto BH para uma substância indica a máxima densidade de energia (J/m3) que armazenada no ímã. Quanto maior o valor de BHmax, menor será a quantidade de material necessária para um dado valor de fluxo. A figura 14.4 apresenta a curva de desmagnetização de uma liga alnico 5, e a tabela 14.1 apresenta valores de
Retentividade, coercitividade e BHmax de diversos tipos de ímãs permanentes.
1,4
D
E
N
1,2