Cinto de segurança para trabalhos em altura
1. INTRODUÇÃO
Com o intuito de mostrar a magnitude do problema que representam os cintos de segurança, visto que, em âmbito mundial, a questão não está ainda definitivamente solucionada. Na luta contra os riscos de quedas de altura, o único método válido consiste no estudo racional dos postos de trabalho e na adaptação dos materiais ao homem. O risco de queda, porém, não pode ser totalmente eliminado e o único meio de proteção possível é o cinto de segurança. Entretanto, este meio tem uma eficácia limitada e , além disso, é dificilmente aceito pelo trabalhador. O cinto é incômodo para o trabalho; o ponto de fixação é, muitas vezes, difícil de ser encontrado, se não é estudado com antecedência; e, sobretudo, por ocasião de uma queda eventual, mesmo limitada a 1,0 m (como recomendam as normas internacionais), o corpo corre o risco de chocar-se contra a construção ou ser ferido pelo próprio cinto.
2. ESFORÇO DINÂMICO AO PARAR DE UMA QUEDA LIVRE
A - Análise do fenômeno
Ao largar-se um corpo em queda livre de peso P, preso a um ponto fixo por uma corda de comprimento L, a corda não sofre nenhum esforço, enquanto não for estendida. No momento que entra em tensão, recebe um choque brusco e se alonga absorvendo a energia, até que, tendo sido toda a energia do corpo em movimento absorvida, o sistema termina por se imobilizar.
Tudo se passa como se a corda tivesse, ao parar, no momento do choque, uma carga dinâmica muito superior ao peso P do corpo.
Portando, esta carga, que chamaremos esforço dinâmico, é transmitida diretamente ao corpo através do cinto de segurança. Um dos principais objetivos das experiências realizadas foi conhecer o valor desse esforço e procurar quais os meios possíveis de diminuí-lo.
Se admitirmos que a corda obedece às leis da elasticidade, com um módulo E constante, e em condições de trabalho não ultrapassando o limite elástico (ausência de