cinema

Camundongo Mickey
O autor nos leva a compreender uma das funções sociais mais importante do cinema que é de criar um equilíbrio entre o homem e o aparelho, indo além da maneira como o homem se coloca diante ao aparelho e sim pela forma como ele representa o mundo. Como diz o texto o cinema faz-nos vislumbrar com detalhes que passam despercebidos a nós no dia a dia, o simples fato de uma gota de suor rolar no rosto, quando flagrado pelas lentes em seus diversos ângulos, leva-nos a perceber detalhes incríveis, vamos percebendo os mil condicionamentos que determinam nossa existência.
O cinema eterniza momentos únicos, que pela velocidade do ato não seríamos capazes de captar. Imagina se não tivéssemos o cinema como compreenderíamos as explosões, o crescimento da rosa, fenômenos da natureza, como seria assistir esportes sem os detalhes singulares que as lentes faz-nos presenciar?
Creio que perderíamos muito, ficaríamos no mistério e não no fascínio que as cenas despertam em nós. A olho nu nosso olhar fica condicionado a um único ângulo, perdemos boa parte da cena, as lentes nos proporcionam a ver o que nossos olhos não capitaram, o que estavam além do nosso alcance. Inúmeras vezes mudamos de opinião em uma partida de futebol, depois que no replay nos é mostrado que de fato o jogador fez falta ou não e pela tela da TV hostilizamos o juiz por ele não ter percebido o ocorrido, porém esquecemos de que estamos munidos de poderosas lentes.
O cinema desperta em nós sensações incríveis, faz-nos ver as coisas de maneira detalhada, mas ao mesmo tempo não substitui a experiência de ouvir de maneira presencial o nosso cantor favorito, de respirar o ar dos museus e montanhas, de perder-se no mistério de um mergulho, mesmo que essas experiências sejam de um único ângulo, a intensidade de uma fração vivenciada vale pelo todo não tocado.
Outro ponto significativo que o autor traz é a do poder que o cinema tem de produzir na sociedade idéias, significacões das coisas, de