Cinema digital
Diretor de 'Titanic' fala de seu novo projeto, que estreia nesta sexta (18).
Técnicas de computação gráfica foram criadas especialmente para o longa.
Doze anos depois do fenômeno “Titanic”, que lhe rendeu o Oscar, o diretor James Cameron volta aos cinemas nesta sexta-feira (18) com “Avatar”. O filme, feito com efeitos especiais desenvolvidos especialmente para ele, promete revolucionar o mercado cinematográfico. E não apenas no quesito tecnologia. O longa pode se tornar o mais caro da história de Hollywood, com um orçamento de produção de mais de US$ 230 milhões e um total que pode chegar a US$ 500 milhões. Em entrevista realizada em Los Angeles, da qual o G1participou, Cameron conta o trabalho para desenvolver não apenas a tecnologia utilizada em “Avatar” –que tem cópias em 3D e IMAX–, mas também como valorizou o trabalho dos atores, pois queria que sua história fosse verossímil. “E eu não queria animação em “Avatar”. Eu queria interpretação. Queria que os personagens transmitissem o trabalho feito pelos atores. Esses personagens foram organicamente interpretados pelos atores. Toda a performance física e a expressão facial deles foram captadas.” Leia, abaixo, trechos da entrevista.
Pergunta - Quando você começou a trabalhar no projeto de “Avatar”? James Cameron - Planejei fazer “Avatar” muito antes de “Titanic”. Então, em 1995, “Avatar” já era um filme que eu queria fazer. Era só uma questão de quando, do desenvolvimento da tecnologia. Pensei em fazer o projeto logo após “Titanic”, por volta de 1998. Mas me disseram na época que não seria possível, porque tínhamos que esperar que o foto-realismo do rosto dos humanoides criados por computador se desenvolvesse ainda mais. Minha experiência anterior com efeitos computadorizados de ponta tinha sido com “O segredo do abismo”, no qual fomos além da tecnologia existente na época, e fizemos o mesmo com “O