Era digital do cinema
Se partimos da premissa que existe, em algum lugar dentro de nós, que é uma instância produtora de imagens, como diz Arlindo Machado "uma espécie de cinematógrafo interior", a partir do qual nossa imaginação toma forma. Entenderemos porque desde nossa tenra infância podemos "ver" as histórias contadas por nossos pais. Poderemos entender porque através de uma memória olfativa, ou seja quando sentimos um cheiro de algum lugar somo imediatamente ele transportados em uma viagem mental para tal lugar de forma que por alguns segundo sentimos que estamos lá. Assim basta que eu fechemos os olhos por um momento e imediatamente possamos fazer projetar um “filme” no interior de minhas pálpebras. Incrível a capacidade de montagem de cortes e planos que nosso inconsciente possui.
A dimensão imaginária inaugura a subjetividade humana, sendo nossas relações com os semelhantes moldados pela repetição de uma imagem" (Lucia Santaella)
Tão forte é esse poder imagético do ser humano que se eu pedir ao leitor desse texto que não imagine um elefante cor de rosa , imediatamente ele já terá imaginado. Mas cada um imaginará o seu elefante cor de rosa serão uma infinidade de tipos e modelos de elefantes rosa. É a visão subjetiva de cada um.
Todavia essa "máquina" de fazer imagens que está no interior do ser humano é individual e só ele pode ver. Diferentemente do nosso aparelho fonador que expressa nossa palavra falada a imaginação noa possui um projetor de imagens Humanas.
Assim as imagens por nós imaginadas os filmes montados em nossa mente depende de um aparato técnico para serem "exibidos" aos demais. A isso o autor dá o nome de "mediação técnica", que é sempre um artifício para simular alguma coisa a que nunca podemos ter acesso direto. Assim conceitua Arlindo Machado: “Imagem técnica” é toda representação plástica enunciada por ou através de algum tipo de dispositivo técnico.
Nesse ponto o autor levanta a questão: "Existirá alguma imagem, exeto aquelas