Ciencias Sociais
A preocupação em conhecer e explicar os fenômenos sociais que sempre se fez presente na história da humanidade. Mas a tentativa de se dar uma explicação científica ao comportamento social e ás condições sociais de existência dos seres humanos é um produto recente do pensamento. Foi somente Idade Moderna, com a emergência da sociedade capitalista, que alguns pensadores se esforçaram em aplicar o método científico ao conhecimento dos fenômenos que acontecem na vida social, tendo em vista as fases e desordens sociais provocadas pelas transformações que ocorreram na sociedade.
A preocupação dos pensadores em relação aos fenômenos sociais, no período anterior à formação da sociedade industrial, era mais filosófica do que científica. Embora sua atenção fosse despertada pelas causas econômicas e políticas que abalavam continuamente as estruturas sociais do seu tempo, em lugar de tomarem uma atitude objetiva diante dos problemas que lhes apresentavam, levados por razão de ordem prática, preocupavam-se mais em descobrir os remédios que trouxessem uma solução para as crises sociais. Os estudos a respeito da vida social tinham sempre por objetivo propor formas ideais de organização de sociedade, mais do que compreender- lhe a organização social.
Na antiguidade, por exemplo, esses estudos eram fragmentários. Limitavam-se a reflexões esparsas a respeito de algumas questões sociais nunca reunidos, entretanto, num sistema coerente.
O longo período da Idade Média foi pouco propício ao progresso científico e, conseqüentemente, ao estudo científico dos fatos sociais. Os pensadores medievais prendiam-se a discussões metafísicas que conduziam á justificação da fé cristã. Tudo girava em torno dos interesses da igreja que monopolizava todo pensamento da época. A preocupação com julgamentos apriorísticos, o apelo constante á autoridade e ao dogmatismo religioso impediam o desenvolvimento da investigação científica.
Já no final da