Ciencias humanas
Os israelitas deveriam passar o sangue do cordeiro nas laterais e vigas superiores da portas das casas, pois quando o anjo da morte percorresse a terra, passaria “por cima” das residências que tivessem o sinal do sangue para “poupar” os seus primogênitos (Êxodo 12). Daí o termo Páscoa e a ordem de Deus para que fosse celebrada continuamente como um memorial dessa libertação.
Embora a mensagem da Páscoa se reporte a um acontecimento tão distante na História, ela nos traz importantes lições, contidas nos seus próprios símbolos. O cordeiro “sem defeito” prefigurava Jesus, o Homem que “não cometeu pecado” e o “cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. O cordeiro morto e o seu sangue passado nas portas eram uma antecipação simbólica do sacrifício de Cristo na cruz pelos nossos pecados.
As ervas amargosas sinalizavam a necessidade de humildade e arrependimento. Como o fermento geralmente simboliza o pecado e a corrupção, o pão sem fermento indicava a pureza requerida dos que servem a Deus. Cada família deveria estar reunida, cuja unidade representava a sacralidade da família aos olhos de Deus, que a abençoa e protege. O cordeiro sacrificado indicava substituição, prenunciando a morte de Cristo como nosso substituto, para não termos de morrer.
Cumprir todo esse ritual identificava a obediência que vem da fé e que resultaria na salvação. Se tão somente o povo israelita deixasse de cumprir a ordem de Deus, por descrença ou descuido, a morte fatalmente os atingiria. Era, portanto, preciso agir com