Ciencias contábeis

Departamentalização por Centro de custos
A estrutura orgânica da empresa, subdividida em departamentos, órgãos e funções induz gestores e contadores à alocação de despesas apropriadas por função e por departamento, e somente por vias indiretas (pelo processo de rateio) alcançar produtos, processos e clientes.
O plano de contas contábil, no sistema tradicional, foi estruturado com o objetivo de apurar despesas por departamento o que facilita a elaboração do “budget” mensal ou anual. Nesse caso, a análise econômica tem o escopo de gerir os desvios orçamentários, cuja responsabilidade pelo desvio de metas recai sobre gerentes departamentais. Este critério de apropriação, por despesa compartimentada quebra e obscurece a visão do gestor de custos, pois, a dinâmica do processo operacional fica segmentada. Sabe-se que as etapas do processo produtivo não obedecem necessariamente à passagem de produtos e serviços pelos departamentos previamente desenhados no Plano de Contas contábil.
Há por isso, constantes justificativas dos gerentes departamentais, que se eximem das responsabilidades, quando os custos extrapolam as metas e não se cumprem o limite estabelecido para o uso das verbas orçadas.
Muitas variáveis contribuem e são responsáveis pela majoração dos custos, sem que as causas sejam detectadas e explicitadas nos balancetes contábeis. São elas:
- aumento na quantidade transportada;
- variação nos preços dos insumos;
- alteração nos níveis de eficiência e de produtividade;
- conquista ou perda de clientes, com alteração nos valores de receitas e custos;
- mudança na participação de carreteiros / agregados, aplicados no transporte de mercadorias; - aquisição de veículos e outros bens do ativo imobilizado como reforço dos recursos disponíveis às operações;
- abertura de novos nichos de mercado.
Com tantas variáveis a se considerar, torna-se quase impossível explicar as causas das variações orçamentárias, pois, a otimização de alguns fatores positivos encobrem a
deficiência