CIDR
Com o crescimento e a rápida expansão da Internet comercial, por volta de 1993, foram observados três problemas estruturais relacionados com o modelo utilizado pelo endereçamento IP:
1. Esgotamento eminente dos endereços da classe B.
2. Crescimento exponencial das tabelas de roteamento na medida que novas redes eram adicionadas a Internet.
3. Previsão de escassez total de endereços IP em poucos anos.
A razão do esgotamento dos endereços da classe B é que o número de hosts disponíveis nessa classe acabou sendo o valor intermediário entre o excesso de endereços da classe A e a insuficiência da classe C.
O crescimento do número de redes associadas à Internet levaria também ao esgotamento da capacidade de roteadores (mais antigos) de incluir novas redes em suas tabelas de roteamento. Além disto, o grande número de entradas nessas tabelas causa retardo, pois o tempo das consultas de roteamento também passa a ser maior.
Os dois primeiros problemas foram contornados provisoriamente pelo uso da proposta CIDR - Classless InterDomain Routing - Roteamento Inter-Domínio sem uso de Classes. CIDR foi proposta na RFC 1519.
A solução CIDR propõe fazer a (re)distribuição dos endereços IP por faixas de endereços, no lugar do antigo sistema de classes. A proposta CIDR apresenta soluções simples e de relativo impacto sobre o funcionamento dos mecanismos da rede. O núcleo da solução inclui o abandono do uso das classes tradicionais A, B e C, utilizadas na atribuição de endereços IP comerciais. O objetivo básico da solução CIDR é tornar a distribuição de endereços IP mais próxima das reais necessidades de quem solicita e utiliza os endereços, evitando o desperdício de endereços como aconteceu no passado com o uso das classes A, B e C.
Utilizando o endereçamento CIDR, uma classe inteira (A ou B) pode ser dividida entre diversas empresas, evitando o desperdício de endereços. E, no caso das redes classe C, elas podem ser agregadas