Cidade como Ideia - porati

347 palavras 2 páginas
A relação que poratí mostra no seu texto, é a forma como o céu se envolve com a terra. Nessa metáfora, ele aborda como o mundo inteligível (ideias) molda o mundo real, ou seja, a cidade. Nessa relação, a forma ideal, imaginada pelo mundo das ideias, perfeito e fora da realidade, é uma passagem que molda o mundo o real, de forma a aproximar o mundo ideal do real.
Partindo do pressuposto dessa relação, ele diz que a alma é um centro de compreensão intelectual e de ética. Porém, diz que como a alma é algo que dá acesso a verdade, é algo que a imortalidade está tentando ser provada. A partir disso faz duas constatações:
a) Alma não é algo sensível.
b) Alma não é uma ideia, se relaciona com as ideias justamente por não ser, algo sensível, de forma a ser um lugar subjetivo que conhece e relaciona com as ideias, fazendo filosofia. Essa relação é importante porque para ele, a alma faz uma realização pessoal, ou seja, faz um modelo político celeste. Dessa forma, ao se conhecer a ideia de cidade se pode ordenar a pólis já que ordena a si mesmo, podendo manter a sua ética na política. A pólis portanto, é uma dimensão da alma e não algo concreto como a sociedade, já que é uma extensão do mundo inteligível, sendo, um movimento de se apropriar da verdade e revelar e utilizar nos âmbitos pessoais e coletivos.

Sôma, não é corpo e sim a abertura sensível ao mundo, de forma ontológica.
Assim, o governador que tem o domínio do giro da filosofia, tem a condição de constituir a verdade e encontrar o caminho certo para a pólis, enquanto o governador somático só enxerga o mundo real.
Porque deveríamos sair do cômodo âmbito somático da caverna, para enxergar a realidade do mundo ideal? O movimento de conservação da filosofia, entre alma e a realidade nos traz uma visão refinada, podendo se libertar da concepção da caverna e podendo enxergar deus, um nome mítico para o plano mais elevado da realidade, um plano ideal.

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