Cidadania no barsil - josé murilo de carvalho

Relatório referente ao livro Cidadania no Brasil: o longo caminho de José Murilo de Carvalho

O livro tem como por objetivo traçar uma linha no tempo tendo por base a evolução e os retrocessos que a cidadania vivenciou-se no Brasil. Assim o autor fará dos direitos sociais, políticos e os civis seus marcos teóricos para essa devida análise. Dessa forma, será possível se ater ao passado deste país, percebendo as peculiaridades de um gradual processo de promoção dos direitos sociais e lançar, por conseguinte, um olhar crítico sobre a realidade vigente, pondo-se a refletir sobre a efetividade dos direitos, em seu conjunto normativo, que atualmente vigoram e a possível evolução em termos sociais que ainda pode-se alcançar.

Essencialmente a obra encontra-se dividida em quatro capítulos, podendo ser entendida como quatro momentos significativos de analise: quatro marcos de tempo onde Carvalho delineia eventos importantes na conquista pelos direitos, analisando a perpetuação destes no bojo da sociedade do período quanto próximas gerações.

O capítulo I retrata basicamente dos acontecimentos referentes aos direitos-cidadãos do período que vai de 1822 a 1930. Ao autor salienta que em termos de conquistar a mais importante que se pode destacar nesta faixa de tempo é a abolição da escravatura em 1888. A escravidão, advinda do período anterior colonial, foi um fator muito negativo para o avanço da cidadania, pois com ela vinha o paradoxo da igualdade e liberdade tão difundida. Assim neste período é bom que se frise não houve avanços no que se tange aos direitos civis, isso explica muito pelo fato da constituição da população brasileira ser impregnada de analfabetos, devido ao descaso que era dado a educação primária e até na educação superior, e também não ter uma distorcida de igualdade social, marginalizando um setor da sociedade e o escravizando-o, os negros, que motivos mesquinhos não eram considerados cidadãos, ou seja, eram destituídos de direitos civis, sendo