ciclo de contato
Na verdade, podemos considerar o ciclo de contato como a maneira que o organismo tem de estabelecer trocas com o ambiente, visando a satisfação de alguma necessidade emergente, ou melhor, dizendo o fechamento de uma figura. Diante disso foram identificadas algumas etapas no ciclo que se inicia com uma sensação e termina com o retraimento.
Lembrando que embora existam diferentes leituras e etapas de acordo com o autor escolhido, aqui utilizaremos o modelo proposto por Zinker.
Compreende-se que o caminho que a energia presente na necessidade rumo à sua realização passa necessariamente por uma consciência de si, uma consciência do mundo, alcançando, então, a satisfação.
No entanto, sabemos que as necessidades não são tão ‘obedientes’ ou lineares assim. Muitas vezes temos várias figuras abertas e precisamos escolher aquelas que podem ser fechadas; em quais iremos colocar energia prioritariamente e quais podemos ajustar às possibilidades ou impossibilidades do meio.
O acúmulo de figuras abertas, isto é de situações inacabadas, o que ocorre devido às disfunções no contato (contato eu-eu e eu-mundo), nos impede de contatar genuinamente com o momento presente. Parte de nossa energia fica ‘fixada’ em determinadas figuras que clamam por fechamento, para que possam se juntar ao fundo. Mas, em virtude de exigências externas que internalizamos, adiamos ou suprimimos determinadas realizações de necessidades, em outros casos mal conseguimos perceber nossas necessidades; estamos tão longe de nós mesmos que sequer sabemos o que queremos!
De qualquer maneira, o ciclo de auto-regulação nos mostra que uma relação saudável com o mundo inicia-se com um ‘dar-se conta’ de uma necessidade do organismo, a partir de uma sensação