Cibercututa

999 palavras 4 páginas
O ajustamento que todos os organismos apresentam em relação ao ambiente em que vivem é denominado adaptação. Dessa forma, eles apresentam muitos aspectos anatômicos, fisiológicos e etológicos (comportamentais) ajustados ao seu modo de vida, adotando cores, odores, aspectos ou forma de movimento que os ajudam a passar despercebidos. O mimetismo (semelhança com outras espécies) e a camuflagem (“disfarce” em relação ao ambiente) são exemplos marcantes de adaptação que várias espécies desenvolveram ao longo da evolução. Apesar de ser uma classificação um tanto subjetiva e sujeita a alguns casos intermediários, constata-se que mimetismo e camuflagem constituem estratégias distintas. Enquanto no mimetismo um ser está querendo passar por outro, na camuflagem ele está procurando se esconder para não ser visto. Graças ao mimetismo e à camuflagem, os seres vivos podem escapar do ataque de predadores ou se aproximarem de suas presas sem serem percebidos.

I. Borboletas vice-rei/borboletas monarcas: as borboletas vice-rei (Limenitis archippus), de sabor agradável aos pássaros, apresentam grande semelhança com as borboletas monarca (Danaus plexippus), de sabor desagradável e extremamente tóxicas (figura abaixo), sendo ambas evitadas por pássaros predadores, com evidente benefício para a “imitadora” (borboleta vice-rei), que, em última análise, mimetiza a monarca, que armazena toxinas em seus tecidos. Os predadores “aprendem” a associar o padrão de coloração (coloração de advertência ou coloração de aviso) ao sabor desagradável e evitam capturar essas borboletas. Essa relação borboleta vice-rei/borboleta monarca é um exemplo clássico de mimetismo batesiano, que veremos mais adiante.

Corais verdadeiras/corais falsas: as corais-verdadeiras (Micrurus coralinus) são bastante temidas, sendo uma das mais perigosas em função da potência do seu veneno neurotóxico. Ao contrário de muitas espécies que se confundem com o ambiente, elas são dotadas de

Relacionados