Christopper Hill
528 palavras
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A proposta de comparar o Estado absolutista da Europa Ocidental e da Oriental, é demonstrado nas '' Linhagens do Estado Absolutista'', durante os séculos XIV e XV num período caracterizado pelas constantes crises no modo de produção feudal. O resultado regurgitou a soberania piramidal que viria a facilitar o surgimento do Estado absolutista no Ocidente. Para sua análise, o autor usa como argumentos a união de um “hiato” separado pela historiografia marxista, união essa que se dá através da análise das chamadas “estruturas puras” e “estruturas impuras”, ou seja, uma abordagem levando em consideração a parte teórica e o factual. Percebe-se que entre o desenvolvimento do ''Estado'' considerando a Europa Ocidental e a Oriental e contrapondo-o com sua própria natureza, ou seja, a gênese de sua formação, cria-se um grande paradoxo. Isso quer dizer a dilatação entre as análises dos historiadores e filósofos marxistas. As questões factuais e teóricas eram compartimentadas até mesmo na sua forma de preleção, o que proporcionava como diz o autor, uma imperfeição na historiografia, onde por um lado, constroem-se ou pressupõem-se modelos gerais e abstratos sem preocupação com suas variações reais; por outro lado exploram-se casos localizados concretos, sem referência às suas implicações e interconexões recíprocas. As monarquias absolutas introduziram os exércitos regulares, uma burocracia permanente, o sistema tributário nacional, a codificação do direito e os primórdios de um mercado unificado. O absolutismo era um aparelho de dominação feudal recolocado e reforçado, destinado a sujeitar as massas camponesas á sua posição social tradicional. Além de tais características, para o autor, o Estado possuía aspectos capitalistas, tendo a mesma autoridade política do antigo sistema feudal, ou seja, ela não fora desalojada do seu domínio político. Mesmo com tais intempéries, a cidade medieval foi capaz de se desenvolver, porque cada vez mais as economias