choque
A insuficiência circulatória periférica aguda de causa neurogênica acontece nos casos de sofrimento intenso do tronco cerebral, precedendo a morte encefálica, com falência hemodinâmica e vasodilatação generalizada por perda do tônus vasomotor simpático, ou em lesões da medula espinhal alta, caracterizando o “choque espinhal”. Este último inclui hipotensão arterial secundária a vasodilatação periférica pela deficiente atividade autonômica simpática e pela hipotonia e paralisia musculares.
A diminuição da inervação simpática resulta em redução do débito cardíaco, pois provoca redução da contratilidade miocárdica e do retorno venoso pelo aumento do volume sanguíneo no sistema capacitância venosa secundária e venodilatação. Finalmente, reflexos cardíacos em nível espinal também estão abolidos, pois a lesão T1 a T4 leva à perda de inervação simpática cardíaca, facilitando a bradicardia uma vez que a inervação vagal parassimpática permanece preservada.
2 - Choque Neurogênico
Esse tipo de choque é decorrente de uma lesão medular, esta lesão leva a perda do tônus simpático, ou seja, interrompe-se o estímulo vasomotor ocasionando uma intensa vasodilatação periférica e desta maneira, o sangue se distribui preenchendo um maior continente venoso. Subseqüentemente, registra-se uma diminuição do Retorno Venoso com conseqüente queda do Débito Cardíaco.
A compensação, pela descarga adrenérgica a partir das regiões inervadas do organismo e pela liberação de angiotensina e vasopressina, não é suficiente para restaurar o Débito Cardíaco a níveis normais.
Os sinais marcantes são: hipotensão com bradicardia, além da pele rosada e bem perfundida nas áreas denervadas.
É importante salientar que as lesões cranianas isoladas (TCE) não causam choque por não causarem lesões medulares..
O paciente com diagnóstico ou suspeita de choque neurogênico deve ser tratado inicialmente como se estivesse hipovolêmico, isto é, com reposição de líquidos, seja