Choque Cardiog Nico P
Tratamento
A abordagem terapêutica do choque cardiogênico visa manter um débito cardíaco mínimo que garanta as necessidades básicas do organismo e o acesso precoce à terapia de reperfusão para minimizar o dano miocárdico.
De forma geral, o tratamento deve iniciar com a melhora da oxigenação do paciente, através de oxigenação invasiva ou não. A analgesia é importante para diminuição do consumo de o2 pelo miocárdio e reduzir o nível de catecolaminas séricas. É importante a reposição volêmica em pequenas cotas com monitorização de parâmetros hemodinâmicos. O tratamento da dor é importante para diminuir o dano cardíaco. Diminuindo os níveis de consumo de O2 pelo miocárdio e dos níveis de catecolaminas séricas, o tratamento da dor deve ser feito através do uso de sulfato de morfina e/ou meperidina endovenosa. Deve-se ter cautela na administração desses fármacos, já que eles podem causar a diminuição da pressão arterial, agravando ainda mais a perfusão coronária¹. De acordo com Knobel E ( volume 72, nº 4): “Muitas vezes torna-se necessário, além da analgesia, sedação com alprezolan ou diazepam endovenoso, na dose de 5mg ou mais, de acordo com a necessidade”. A oxigenação do paciente deve ser feita via cateter nasal e, se necessário, o uso de ventilação mecânica deve ser utilizado, essas medidas visam prevenir o agravo da isquemia, visto que a maior oferta de oxigênio propicia um menor consumo de oxigênio e, consequentemente, uma melhor oxigenação sistêmica. ¹ Agentes inotrópicos e vasopressores devem ser utilizados para controle da hipotensão arterial, os medicamentos mais usados são as aminas simpatomiméticas². Em casos mais graves a norepinefrina deve ser a primeira escolha, ela se liga aos receptores beta adrenérgicos e alfa adrenérgicos, provocando forte vasoconstrição periférica e de alguns órgãos, além de aumentar a velocidade da condução elétrica e a força de contratilidade do coração. Os efeitos antagônicos dos receptores alfa-