China
O sistema internacional é anárquico. Detalhando essa definição através de uma visão realista propagada por Waltz (1979), é possível dizer que os atores estatais que compõem essa estrutura são soberanos, racionais, dotados de capacidades e poder de barganha. Através destes aspectos, o mundo consegue distinguir quem são os Estados mais fortes do cenário mundial.
A análise do balanceamento de poder entre China e Estados Unidos será relacionada às teorias realista e neo-realista, uma vez que estas poderão demonstrar a dinâmica da divisão de poder mundial através do comportamento racional dos Estados. Dentre as teorias trabalhadas, a principal a ser abordada será a do equilíbrio de poder através da perspectiva neo-realista apresentada por John Mearsheimer (2001), a qual será complementada pela visão do também neo-realista Kennethy Waltz (1979) e do teórico realista Hans Morgenthau (2003).
A teoria neo-realista, que surgiu posteriormente, defende que no sistema internacional não há espaço para cooperação por livre vontade dos Estados, mas que a prioridade destes é a sobrevivência dentro do sistema internacional. O cenário mundial mantém o perfil de não possuir um agente regulador superior a todos os outros Estados. Essa teoria também prega que o sistema internacional é o resultado das interações entre atores estatais e não-estatais, sendo este segundo tipo não tão relevante quanto as nações, enquanto estas têm suas funções estabelecidas de acordo com seus recursos e capacidades disponíveis, e dessa forma é possível determinar o patamar de importância de cada Estado dentro do cenário mundial.
O teórico neorealista entende que o cenário internacional é anárquico e descentralizado e que esta dinâmica produz um ambiente competitivo entre os Estados, classificados como atores racionais, que além de desejarem sua sobrevivência, podem agir com objetivo de eliminação de nações rivais. Por ter uma visão com foco na segurança dos Estados, Waltz (1979) acredita que o