Child language
CCHLA/PROLING
Fundamentos em Processamento Lingüístico
Os textos de Guasti (2008) e Lust (2006) apresentam as idéias de duas correntes clássicas opostas que tem papel fundamental para os estudos em aquisição da linguagem: O Behaviorismo e o Gerativismo. Estas correntes norteiam os estudos em aquisição, entretanto, apesar das diferenças, foram e ainda são muito importantes para entender o modo como um falante adquire uma língua.
Através de uma perspectiva racionalista podemos compreender que a capacidade de um ser humano em adquirir uma língua é inata e é centrada no método de dedução. Um paradigma dos racionalistas. Lust discute as bases da teoria gerativista e cita Karl Lashley (1948/1951/1960) que encontrou um problema fundamental na metodologia empírica relacionado à unidades de padrão seqüenciais e questionou o que determinava esta ordem, segundo ele, deveria haver uma organização que exigia uma representação cognitiva. Este questionamento fez surgir novas vertentes no estudo de aquisição. Então, Chomsky em sua famosa resenha “Verbal Behavior” (1959) discute a diferença entre aprendizado de linguagem e aquisição de linguagem e reconhece que a linguagem não é aprendida, mas requer através de uma estrutura cognitiva identificar uma gramática gerativa que através do componente cérebro/mente é baseado em estruturas sintáticas, central para o aprendizado. Chomsky investiga a teoria da hipótese do inatismo e propõe investigar a Faculdade da Linguagem, capacidade inata para o uso e aquisição de linguagem com características distintas e de exclusividade humana. Também é proposto em sua teoria a formulação de um Dispositivo de Aquisição de Linguagem (LAD) que posteriormente ofereceu bases para a teoria da Gramática Universal (GU). Esta GU é compreendida como sistema de princípios comuns a todas as línguas.
Se todos os seres humanos já nascem com disposição inata para adquirir uma língua também há um conjunto de princípios