Chandigarh
Sede do Parlamento em Chandigarh
Chandigarh
Chandigarh foi a oportunidade que Le Corbusier teve para concretizar suas idealizações urbanistas. Contratado por sua notoriedade mundial, o arquiteto contou com uma expressiva equipe: Pierre Jeanneret, Maxwell Fry, Jane Drew, U. E. Chowhury, N. S. Lamba, A. R. Prabhawalkar, Jeet Malhotra, B. P. Mathur e Aditya Prakash.
Antes de fazer o projeto, Le Corbusier jamais havia ido para Chandigarh. Já no local, ele e sua equipe ficaram quatro dias redesenhando a cidade exaustivamente.
Le Corbusier concebeu o Plano Geral para Chandigarh como uma analogia ao corpo humano, com a cabeça definida pelo Capitólio (Setor 1); o coração, o centro da cidade (Setor 17); os rins, os espaços abertos, vales e cinturões verdes; o cérebro, as instituições culturais e intelectuais; o sistema circulatório, os 7Vs e as vísceras, a área industrial.
A cidade foi planejada para 150 mil habitantes, mas com possibilidade de adaptação para 500 mil habitantes.
Sede parlamento
O Edifício do Parlamento, tem planta baixa quase quadrada com fileiras sobrepostas de escritórios em duas laterais. A câmara legislativa é circular, localizada na base de um hiperbolóide truncado ( uma curva hiperbólica com rotação no eixo central) dotado de lanternins no topo para filtrar o forte sol indiano. O controle da luz era de grande importância, pois as sombras amenizam as altas temperaturas. Os brises foram projetados para introduzir luz solar indireta e emoldurar vistas. O concreto – material preferido de Le Corbusier – era bastante adequado para o contexto da Índia. Requer muita mão de obra – abundante no país -, mas sua produção é barata. Sua massa também ameniza os extremos climáticos.
Posicionado nas imediações do enorme parque de estacionamento subterrâneo situado de frente para o Secretariado, o Parlamento encontra se no melhor enquadramento do ponto de vista escultural e visual de todas as formas deste complexo do Capitólio.