Cetma
MEDIR
1. Introdução Há milhares de anos, quando o Homem intensificou a vida em grupo, a necessidade de estabelecer a comunicação interpessoal levou ao desenvolvimento das primeiras formas de linguagem. Com a evolução das primeiras sociedades, a capacidade de contar, isto é, de descrever alguns fatos por meio de números, foi sendo, aos poucos, desenvolvida. A contagem de animais, os membros das famílias, armas e alimentos (Figura 1) são alguns exemplos. Com o passar do tempo, o contínuo aprimoramento tornou a vida em sociedade mais sofisticada. A descrição de certas quantidades apenas por números tornou-se insuficiente para algumas necessidades cotidianas. Era necessário acrescentar um elemento adicional aos números para descrever de forma mais clara e precisa certas quantidades. O número dos passos que caracterizam uma distância, o número de sacas que correspondem a uma certa produção de cereais ou o número de barris de vinho (Figura 2) são alguns exemplos de unidades que passaram a ser usadas com os números para deixar a comunicação e as transações comerciais mais claras. Foram essas as primeiras medições rudimentares.
[pic]
Figura 1 – Algumas formas de realizar contagens.
[pic]
Figura 2 – Contagens de unidades para sua quantificação.
Certamente, o desenvolvimento do comércio interno e entre grupos e tribos vizinhas fortaleceu a necessidade de estabelecer um processo de medição mais elaborado e aceito pelas partes envolvidas. À medida que as civilizações floresceram, as técnicas e unidades de medição foram sendo aperfeiçoadas para satisfazer as demandas de cada época. Inicialmente, medições baseadas em partes da anatomia humana como jarda, pé e polegada, por exemplo (Figura 3), se mostraram suficientes para medir comprimentos e volumes, porém instáveis e confusos por questões comerciais entre as civilizações. Com o desenvolvimento tecnológico, unidades de medição mais estáveis e bens definidas mostraram-se necessárias.
[pic]
Figura