Cerâmica

CERÂMICA NA SALA DE AULA (OFICINA)
LUIZ ROBERTO SOARES AZAMBUJA
JUSTIFICATIVA
Esta “oficina” busca motivar a pratica do fazer na Cerâmica, a reflexão e construção de sua linguagem poética a partir da especificidade técnica e de seu diálogo com recursos e possibilidades da escola pública. Queremos romper com os tabus que giram em torno desta prática, trazê-lo para dentro da Educação Básica.
Fundamenta-se como uma proposta de ensino da Arte ancorada na própria Arte, em sua história, em sua apreciação e em seus fazeres. O “fazer artístico”, a “leitura da obra de arte” e a “contextualização histórica” da chamada “Abordagem Triangular” cria o termo “leitura” para as artes visuais que se incorpora ao vocabulário dos professores de Cerâmica. A pratica aliada a interdisciplinaridade, ajuda a ampliar a ação da escola, através da entrada em seu espaço das modelagens e objetos cerâmicos produzidos pelos estudantes.
Quando paramos e percebemos o momento presente, a cerâmica pode ampliar nossa percepção, pois nos revela uma outra coisa: “Que não estamos sozinhos”! A matéria está em constante diálogo conosco, através dos quatro elementos ela nos impõe ações e reações, está viva sempre em movimento e nada estática. É necessário aprender a senti-la, não para subjugá-la, mas sim, para entendê-la e compartilhar o milagre da criação.
Logo no início a matéria (argila) nos impõe a eminência do tempo, o tempo de sua maturação, de seu preparo (amassando, sovando), da espera pelo melhor momento de “Ocar”, de “Levantar a parede”, de “Costurar”, de “Unir as partes entre si”, de “Buscar a forma desejada”, do “Polimento”, da “Secagem”, da “Queima”, etc. Cada um destes movimentos tem seu tempo, têm seu momento específico, para respeitá-lo e melhor aproveitá-lo temos que vivê-lo.
Em um mundo onde os acontecimentos passam tão rapidamente, onde para vivermos nossa própria vida o tempo nos cobra uma tarifa muito alta, a cerâmica nos faz parar (desacelerar) e perceber que seguidamente nos