Certa manhã em Teerã: Ahmadinejad e seus guindastes da morte

Direitos Humanos, Cidadania, História e Civilização:
Certa manhã em Teerã: Ahmadinejad e seus guindastes da morte.
“[...] Ele e nós éramos um grupo de homens caminhando juntos, vendo, ouvindo, sentindo, percebendo o mesmo mundo; e em dois minutos, com um estalo súbito, um de nós partiria - uma mente a menos, um mundo a menos.” George Orwell, "Um Enforcamento" “Sob os olhares da multidão, os condenados são conduzidos ao patíbulo improvisado e enforcados; a pretexto de coibir a criminalidade, as execuções públicas são ameaças aos dissidentes.”
Estamos no século XXI e em meio a uma grande, e nova, crise de identidade da maior parte do chamado mundo “civilizado” , digo civilizado, pois é o epicentro do que chamamos de berço da cultura ocidental e de uma civilização que conteve a barbárie de hordas de invasores “bárbaros” e se fundou no que chamamos de democracia ocidental. Ela teve grandes fissuras em meio aos seus séculos de história, mas se manteve sempre como baluarte das ações racionais e liberais desde a revolução industrial no século XVIII (que teve o seu principio no século XV com as grandes transformações no campo e a vida transferida para as cidades), e, principalmente com as chamadas revoluções burguesas.
O conceito de cidadania surge na Grécia antiga, onde os homens livres da pólis tinham direitos de cidadão, com participação direta na decisões das cidades/estado. Escravos, mulheres e crianças não faziam parte desta cidadania, pois só os homens livres e possuidores de atividades econômicas, sendo moradores da cidade, tinham participação política. A cidadania já nasce excluindo e com um determinismo pater poder que se mantém, em muitos casos, até os dias de atuais.
Na Roma antiga os homens eram divididos entre livres e escravos. Os homens livres também se dividiam entre patrícios, que pertenciam a famílias importantes e plebeus, que eram pessoas comuns e que não tinham direito a ocupar cargos políticos importantes. Assim só os patrícios tinham