Cerrado o celeiro do país sob a ótica do agronegócio da soja
Jeremias Borba da Silva Machado[1] jere__slipknot@hotmail.com Resumo
Neste trabalho, analisaremos o Bioma cerrado dando ênfase na questão econômica. Mostrando como esta área perdeu espaço pelo agronegócio, esta área que abrangia cerca de 23% do território nacional, porém, hoje em dia segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) ocupa aproximadamente 6%. Abrindo um leque de indagações a respeito da implantação da soja como forma de expropriação do pequeno produtor rural para dar lugar a uma nova classe, a do grande agricultor. Fazendo um flash back mediante a implantação dessa oleaginosa no Brasil até chegar a ser o palco do interesse da agricultura brasileira. Demonstrando como esse produto se tornou uma esperança lucrativa para o cerrado, e qual período contribuiu de forma decisiva para essa nova pratica do plantio da soja como forma de desenvolvimento local visto como suporte para atender o mercado global. Portanto, a lógica central é mostrar a preocupante realidade do agronegócio da soja visto como um processo de desterritorialização do trabalhador camponês de sua vida típica no campo/cerrado em oposição a expropriação crescente pelo capital internacional que banca essa política.
Palavras-chave: Cerrado; Agronegócio; Soja.
Introdução
Analisar o cerrado é conhecer uma questão preocupante acerca do agronegócio inserido neste bioma, talvez o grande objetivo seja conhecer a preocupante realidade sócio-espacial da vez, a apropriação do cerrado pelo grande latifundiário/produtor bancado pelo capital internacional. Para melhor compreensão tomemos como ponto de partida a década de 1960, impulsionada pela política de subsídios ao trigo, visando auto-suficiência, que a soja se estabeleceu como cultura economicamente importante para o Brasil, pois, em meados dessa década enormes investimentos tanto na agropecuária como na infra-estrutura foram as bases para