Ceramicos
O emprego dos produtos cerâmicos, obtidos por cozimento de argilas, primeiro ao sol e depois em fornos, iniciou-se naqueles lugares onde escasseava a pedra e eram abundantes os materiais argilosos.
A própria Bíblia registra o uso de tijolos na construção de Torre de Babel. No livro de Gêneses 11. 2-4, lê-se:
“E disseram uns aos outros ‘Vamos, façamos tijolos e cozamo-los ao fogo’, serviram-se de tijolos em vez de pedras e de betume em lugar de argamassa. Depois disseram ‘Vamos, façamos para nós uma cidade e uma torre cujo cimo atinja os céus’”.
A Arqueologia está em grande parte fundada no estudo dos fragmentos de vasilhas cerâmicas. A argila cozida é muito frágil e rompe-se em muitos pedaços; estes, porém, tem um duração extraordinária.
Por ser um material barato, pois a matéria prima é abundante, os produtos cerâmicos tornaram-se logo algo essencial na história da humanidade. Na Caldéia foi muito utilizado o tijolo cozido. O mesmo aconteceu com os assírios, que, com tijolos, construíram os palácios de Khorsabad e Sargão. É famosa a grande biblioteca de tabuinhas de barro, de Nínive.
Enquanto os assírios e caldeus tinham técnica apurada e entre eles o tijolo era usado para obras monumentais, na Pérsia servia ele principalmente para casas populares, se bem que tinham sido encontrados tijolos esmaltados, de frisos provenientes de Susa.
No Egito a pedra sobrepujou o tijolo, mas mesmo assim, os operários da construção das pirâmides moravam em casas de tijolos. Também a Bíblia cita no Êxodo 19.13 e 14, a respeito da construção, pelos hebreus, das cidades de Pitom e Ramsés.
Se egípcios e gregos pouco usaram o tijolo, e assim mesmo como material secundário, o mesmo não se pode dizer dos romanos. No seu domínio sobre o mundo, os romanos levaram seus conhecimentos cerâmicos a todas as partes, se bem que as alvenarias de tijolo eram muitas vezes recobertas e escondidas por gesso ou pedra.
Coube, porém, aos árabes revalorizar extraordinariamente este