Ceramica
As cerâmicas constituem-se atualmente na principal alternativa de tratamento restaurador para estrutura dental, devido a biocompatibilidade, resistência à compressão, condutibilidade térmica semelhante aos tecidos dentais, radiopacidade, integridade marginal, estabilidade de cor, simula a aparência dos dentes (biomimetismo). Além disso, este material retém menos placa bacteriana e apresenta boa resistência a abrasão (Rego MA et al, 1997; Miranda CC,
1998; Chain M, 2000).
Histórico
As cerâmicas constituíram-se nos materiais mais sofisticados da idade da pedra há mais de 10.000 anos e desde de então mantiveram a sua importância na sociedade humana (Anusavice KJ, 1996).
Aproximadamente no ano 200 a.C., os
Chineses conseguiram desenvolver um tipo mais refinado de cerâmica, a porcelana, empregando argila fina misturada a quantidades específicas de quartzo, feldspato e calcário, antes de ser levada ao forno.
Empregada na confecção de peças ornamentais e de utensílios domésticos.
Em 1774, o farmacêutico Alexis
Duchateau, observou o fato de utensílios cerâmicos glaseados usados na manipulação de produtos químicos, preservava a coloração e resistiam à abrasão. Parecem ter sido estas as circunstâncias que deram origem ao uso da porcelana como material restaurador dentário. No campo da Odontologia, as pesquisas iniciais - o uso de porcelana feldspática (pura) em combinação com fina estrutura em metal nobre (platina), para a confecção de coroas de revestimento total que promoveriam uma estética superior à das executadas com as resinas disponíveis
(metil-metacrilato), na restauração de dentes anteriores. A queima a vácuo da porcelana dentária foi introduzida no final da década de 40, esta prática baixou considerávelmente o ar retido na peça