Cenario empresarial
As pessoas falam de inveja como se isso fosse uma praga, uma maldição que alguém tem o poder de lançar sobre a minha vida e me fazer perder o rumo! Mas, como sempre digo, ninguém tem o poder de mudar o seu estado de ânimo com um elogio ou uma crítica. Cada um de nós é que tem o poder de se sentir elogiado ou criticado. O mesmo acontece com a inveja.
A inveja não tem poder sobre você, a não ser que você dê poder para ela. Considero que existem dois tipos de inveja: a destrutiva e a construtiva. E as duas só têm efeito sobre quem a sente.
A inveja construtiva é quando o que o outro tem me inspira ou serve de referência para eu saber que se pode conseguir tal coisa. Já a inveja destrutiva acontece quando o que o outro tem me provoca ira e eu passo a desejar o que é do outro a qualquer preço e nivelo o “poder ter” de uma forma bastante negativa – se eu não posso, então que ele também não tenha.
Na Espanha eu conheci uma lenda que exemplifica bem o que acontece com os invejosos destrutivos:
“Muitos séculos atrás, em terras andaluzes, vivia um fazendeiro muito rico que cultivava cereais e criava gado. Para cada atividade ele tinha um capataz e ambos gozavam de total confiança de seu patrão. Depois de muitos anos de boas coletas e boas crias, o proprietário quis premiar seus capatazes pelo magnífico trabalho que haviam realizado ao longo dos anos. Sua primeira entrevista foi com Gregório, o encarregado dos campos de cultivo.
- Bom dia Gregório. Como você sabe, a vida me agraciou com muitos bens: uma boa esposa, três filhos saudáveis e muita terra produtiva. Os negócios vão muito bem e tenho muito que agradecer a você e a Olegário pelo bom trabalho que os dois têm realizado todos este anos. Por isso, quero dar um presente a cada um de vocês. Assim sendo, Gregório, peça-me o que quiser. Sinto-me tão agradecido e generoso que o que pedir será seu.
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