Celulas
Como as células obtêm energia
Assim como a locomotiva a vapor e os atuais motores a combustão usados nos automóveis, os seres vivos também obtêm energia por meio da “queima” de compostos de carbono. Entretanto, em termos de rendimento energético, a “máquina” biológica é insuperável (mais de 40% de aproveitamento da energia liberada na combustão enquanto os melhores motores aproveitam NO MÁXIMO 25%). Conhecer os processos biológicos de obtenção de energia é de fundamental importância para entender o metabolismo. As células necessitam de um suprimento constante de energia para manter sua organização e funcionamento. Essa energia é obtida pela degradação de moléculas orgânicas do alimento. Entretanto, a energia liberada nessa degradação não pode ser utilizada diretamente nas atividades celulares; ela precisa antes ser transferida para moléculas de uma substância armazenadora de energia, o trifosfato de adenosina, mais conhecido pela sigla ATP. O ATP é um armazenador temporário de energia na célula e atua como “moeda energética”. Todos os seres vivos utilizam moléculas de ATP em suas células.
O ATP é uma molécula formada por uma base nitrogenada, a adenina, por um glicídio, a ribose, e por três fosfatos. As ligações químicas entre os fosfatos são ligações de alta energia. Quando elas são quebradas, sua energia pode ser transferida a diversos processos químicos intracelulares. A manutenção da atividade vital demanda grande quantidade de ATP. O estoque dessa substância em uma única célula é da ordem de um bilhão de moléculas, utilizadas e repostas a cada dois ou três minutos, ininterruptamente. No processo de degradação de moléculas orgânicas do alimento, parte da energia liberada é utilizada para sintetizar ATP, a partir de ADP e Pi (fosfato inorgânico), e o restante é perdido na forma de calor. Quando uma atividade celular necessita de energia, o ATP é degradado a ADP e Pi, e a energia liberada nessa reação é utilizada