Celulas adiposas e a obesidade
As células adiposas, também denominadas de Adipocitos, são formadas a partir de elementos celulares mais primitivos, os quais, progressivamente, amadurecem e passam a ser os nossos “depósitos” de gordura. O organismo tem nas células adiposas a sua reserva energética, isto é, assegura excesso de gordura para os períodos de fome prolongada, quando não existe a ingestão de alimentos. O jejum prolongado por dias, seja por motivos médicos (cirurgias de grande porte, internações em terapia intensiva, alterações cirúrgicas de estômago e outras estruturas intestinais) ou por motivos religiosos, políticos, como forma de protestar (greve de fome), leva a uma rápida e constante depleção de gordura das células adiposas fornecendo, desta forma, a energia indispensável para que o organismo possa manter suas funções vitais (coração, cérebro, rins, fígado, etc).
É interessante observar que o nosso sistema cerebral envia ordens ao mecanismo que controla o gasto energético para poupar a queima de gordura no período do jejum. Assim desliga o sistema hepático, que transforma o hormônio T4 em hormônio T3, mais ativo metabolicamente. O hormônio T3 é conhecido como “agente gastador” de energia acumulada. Com esta medida metabólica pouco T3 é gerado e a célula adiposa pode guardar por mais tempo a sua reserva energética. Em animais que hibernam no inverno do hemisfério Norte, tais como a marmota e o urso, a mesma fisiologia ocorre: desliga-se a formação de T3 para reduzir o gasto energético durante o período de frio e volta-se a ligar na primavera. * Formação e número de células adiposas
O bebê rechonchudo ainda possui um número de células adiposas muito pequeno, embora repletas de gordura. No gráfico que apresentamos nota-se que o número total de células adiposas do corpo humano aumenta com a idade, a partir dos 4-5 anos de idade até a puberdade, tanto nas meninas como nos meninos. As adolescentes possuem mais células adiposas que os rapazes porque