A obesidade que surge na infância
Conceitualmente, a obesidade é obesidade. Nas crianças, ela apresenta as mesmas causa que nos adultos: ingerir mais calorias do que se gasta. Porém, os hábitos alimentares têm uma influência muito grande para os pequeninos. Esses hábitos dizem respeito àquilo que a família come, onde come, quando come. E, também, às atividades físicas e recreativas do grupo familiar. Ou seja quando se come e quanto se gasta. As conseqüências da obesidade em crianças não são muito diferente daqueles adultos. Podem, inclusive, ser mais graves, já que o início da patologia é bastante precoce, o que torna crianças muito mais vulneráveis.
Alguns estudos verificou que o ganho de peso em diferentes etapas da vida influência de forma diferente no acúmulo de gordura na região abdominal, o mais perigoso fator de risco para desenvolvimento de doenças cardiovasculares na fase adulta. Ganhar muito peso depois do segundo ano de vida e na adolescência é prejudicial a saúde, pois aumenta os níveis de obesidade abdominal na vida adulta. Por outro lado, o ganho de peso nos dois primeiros anos de vida se mostrou benéfico para a formação do quadril, o que teria efeito positivo para a saúde na vida adulta ao estimular a acumulação de massa muscular, conhecido fator de proteção para doenças cardiovasculares.
A obesidade é considerada o acúmulo ou excesso de gordura corporal em uma quantidade que traga prejuízos a saúde. A gordura pode estar depositada debaixo da pele (Gordura subcutânea) ou ser mais profunda, principalmente dentro do abdômen (a gordura visceral, associada a maiores problemas de saúde). A obesidade abdominal (cintura de mais de 80 cm para mulheres e mais de 94 cm para homens) é considerada de maior risco para doenças cardiovasculares.
O tecido gorduroso é formado por células adiposas que ficam cheias de gordura quando a pessoa engorda, e mais murchas, quando ocorre o