Cefaléia pós raqui
Print version ISSN 0034-7094
Rev. Bras. Anestesiol. vol.61 no.3 Campinas May/June 2011 http://dx.doi.org/10.1590/S0034-70942011000300011 INFORMAÇÕES CLÍNICAS
Cefaleia após anestesia subaracnoidea com sete meses de evolução: relato de caso
Fabiano Timbó Barbosa, TSA
Mestre em Ciências da Saúde; Professor da Universidade Federal de Alagoas
Correspondência para
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RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A cefaleia pós-punção dural é uma complicação possível e esperada em uma pequena parcela dos casos após a realização da raquianestesia. Este relato teve por objetivo descrever a conduta terapêutica tomada diante de um caso de cefaleia pós-punção de dura-máter com sete meses de evolução.
RELATO DO CASO: Paciente do sexo feminino, 40 anos, previamente saudável, apresentou-se ao hospital em quadro de cefaleia com sete meses de duração e que teve início após a realização de raquianestesia. Ao ser examinada, relatou que alguns analgésicos e a posição de decúbito lhe traziam alívio parcial da dor. Após a suspeita de cefaleia pós-punção dural, realizou-se um tampão sanguíneo peridural, com resolução completa do quadro. Recebeu alta hospitalar sem queixas.
CONCLUSÕES: O presente caso demonstrou que o tampão sanguíneo peridural foi eficaz no tratamento da cefaleia crônica pós-punção dural em um caso com sete meses de duração.
Unitermos: COMPLICAÇÕES, Cefaleia: pós-punção dural; SANGUE; TÉCNICAS ANESTÉSICAS, Regional: subaracnóidea.
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INTRODUÇÃO
A cefaleia após a punção da dura-máter (CPPD) é uma complicação bem conhecida e esperada após a perfuração da dura-máter, embora sua incidência seja pequena com o uso de agulhas finas, e a fisiopatologia ainda não esteja completamente esclarecida