Catulo da paixão cearense
Filho do ourives Amâncio da Paixão Cearense e Maria Celestina Braga da Paixão. Teve dois irmãos: Gil e Gerson.
Freqüentava repúblicas estudantis e vivia entre os chorões da época, dentre eles: Viriato (flautista), Anacleto de Medeiros (compositor e regente), Cadete (cantor), e outros.
No Colégio Teles de Meneses, estudou português, matemática e francês. Chegou a traduzir poetas internacionais famosos. Através destes relacionamentos boêmios, aprendeu a tocar violão e flauta.
Em 1885, morou na residência do senador do Império Silveira Martins, onde teve a incumbência de lecionar o português aos filhos.
Fundou um colégio no bairro da Piedade, passando a lecionar línguas.
Compilou letras de modinhas, lundus e cançonetas da época, e as publicou através da Livraria do Povo. Publicou também obras suas, tais como: O cantor fluminense, Lira dos salões, Novos cantares, Lira brasileira, Canções da madrugada, Trovas e canções e Choros ao violão.
Conhecido como "vate sertanejo", deixou 15 livros de poemas, dentre eles Meu sertão (1918), Sertão em flor (1919), Poemas bravios (1921), Mata iluminada, Aos pescadores (1923), Meu Brasil (1928), Um boêmio no céu, Alma do sertão (1928) e Poemas escolhidos (1944).
Catulo da Paixão Cearense passou a organizar coletâneas, entre elas O cantor fluminense e O cancioneiro popular, além de obras próprias. Vivia despreocupado, pois era boêmio, e morreu na pobreza.
Suas mais famosas composições são 'Luar do Sertão', de 1908, que na opinião de Pedro Lessa é o hino nacional do sertanejo brasileiro, e Flor amorosa (sem data). Também é o responsável pela reabilitação do violão nos salões da alta sociedade carioca e pela reforma da "modinha".
Aos 19 anos, Catulo interrompeu os estudos e abraçou o violão, instrumento naquela época, repelido dos lares mais modestos.Iniciante tocador de flauta, a trocou pelo violão, pois assim, podia cantar suas modinhas.
Moralizou o violão levando-o aos salões