Ao fechar os olhos e deixar-se levar pelo Espírito de Deus, participamos nos passos de Maria, nos caminhos de Jesus. Vemos uma mulher simples e piedosa, caminhando pelas estradas tortuosas e íngremes das montanhas da Galiléia. Vislumbramos ao longe uma mulher, caminhando lentamente por carregar um filho em seu ventre. Aqueles passos firmes e corajosos vencem as estradas e ela caminha como missionária para servir, com humildade e amor, uma pessoa necessitada. Essa mulher é Maria, a mulher missionária, a mãe do divino Salvador. Maria deixa seu lar e seus afazeres, suas fainas diárias, para servir sua prima Isabel. A anunciação do anjo Gabriel já tinha dado a Maria a grandeza de sua missão: ser a mãe do divino Salvador, a arca da aliança. Mesmo conhecendo sua situação sublime e grandiosa na história da salvação da humanidade, Maria não se apega à sua condição de corredentora, mas com delicadeza faz-se serva da humanidade. No seu serviço gentil e amável à sua prima, ela está se tornando serva dos pobres e necessitados, como modelo do ser cristão. Sua missão não é exibicionista. Ela vai participar da vida familiar de seus primos Zacarias e Isabel e preparar a vinda do precursor, João Batista. Este é o desígnio divino: Maria prepara a chegada do precursor do Messias, para que esse precursor prepare a chegada do Filho de Deus no coração da humanidade. Sua missão é singela: Maria vai servir a casa, cuidar dos afazeres domésticos, lavar panelas, varrer a casa, coisas que as mulheres fazem para servir as futuras mães, os enfermos e os idosos. Coisas que os homens fazem em favor dos companheiros da comunidade: levantar paredes, acompanhar no hospital, encher lajes em mutirões. Maria visita Isabel e leva a alegria da presença de Deus em sua vida, para propagar a mensagem evangélica, que é o serviço missionário, o anúncio da palavra divina, a caridade cristã. Maria leva Deus no ventre, o Filho de Deus; portanto, sua presença é força de paz e de solidariedade. A grande