Categorização dos pobres
‘Os Desafios do Contexto Organizacional e Institucional”
Um dos temas que merece maior atenção e o referente a concepção, unicamente, negativa que se tem da pobreza e o menos prezo que a sociedade tem pelos pobres. Em termos de uma definição, no sentido de existência e de ressureição social, para a prosperidade econômica e a sociedade de consumo, a pobreza e percebida como um eco ou expressão de uma condição degradante.
Este trabalho aborda e destaca as categorias que os agentes sociais construirão ao longo da história para incluir, classificar e atender os pobres na própria relação com que eles foram estabelecidos.
Na idade média, a tradição cristã e todas as grandes religiões, fizeram da pobreza um estatuto de santificação, enquanto a riqueza não era um valor dos mais antigos modelos sócios culturais.
A pobreza, de acordo com essa compreensão apresentada através de três períodos correspondentes as representações da pobreza:
a) – a concepção medieval ( período em que a pobreza e a caridade são marcadas pelo valor positivo que o cristianismo deu à renúncia dos bens do mundo);
b) – a concepção clássica que, a partir do século XVII, em razão da imensa mutação cultural, notadamente com a reforma, condena a pobreza, o desenvolvimento e a doutrina do trabalho, como valor supremo do ser humano; ao mesmo tempo institui programas de assistência coletiva que serão desenvolvidos a partir do século XIX, no quadro da doutrina liberal da beneficência;
c) – a doutrina contemporânea que, rejeita uma lógica julgada humilhante da assistência, conjugada de exigências, ética como fonte de reintrodução social. A noção de assistência é substituída pela integração.
Esta mudança não é apenas semântica, ela indica que emerge de novos valores. Procura integrar na pluralidade da realidade social, a ideia de um “direito” a uma vida decente, que a democracia deve assegurar a todo cidadão. Essa reinvindicação de novos direitos e novas