catastrofes naturais
O temporal na ilha da Madeira em 2010 originou uma sequência de acontecimentos iniciados por forte precipitação durante a madrugada do dia 20 de Fevereiro, seguida por uma subida do nível do mar. Estes acontecimentos provocaram inundações e destruições ao longo das encostas da ilha, em especial na parte sul.
Causas
Na origem do fenómeno esteve um sistema frontal de forte atividade associado a uma depressão que se deslocou a partir dos Açores, segundo o Instituto de Meteorologia. O choque da massa de ar polar com a tropical deu origem a uma superfície frontal, que aliada à elevada temperatura da água do oceano acelerou a condensação, causando uma precipitação extremamente elevada num curto espaço de tempo. A orografia da ilha contribuiu para aumentar os efeitos da catástrofe. É possível que, aliado a valores de precipitação recorde, erros de planeamento urbanístico, tais como o estreitamento de leitos das ribeiras e a construção legal ou ilegal dentro ou muito próximo dos cursos de água, bem como falta de limpeza e acumulação de lixo nos leitos de ribeiras de menor dimensão tenham tornado a situação ainda mais grave.
Efeitos
A parte baixa da cidade do Funchal foi inundada e a circulação viária foi impedida por pedras e troncos de árvore. Na freguesia do Monte, a capela de Nossa Senhora da Conceição, ao Largo das Babosas, foi levada pela força das águas, junto com algumas das residências vizinhas.
Atualmente foram confirmados cerca de 47 mortos, 600 desaparecidos e 250 feridos. A freguesia da Serra de Água, a montante da Ribeira Brava, esteve completamente inacessível . Eram evidentes os sinais de destruição provocados pelas cheias, com as zonas altas do concelho do Funchal e, também, no concelho da Ribeira Brava a serem as mais afetadas.
A quantidade de água que caiu no dia 20 de fevereiro de 2010 sobre a Ilha da Madeira, em particular no Pico do Areeiro, foi o valor mais alto jamais registado em Portugal. Neste cume, o segundo