Casos de malária e dados ambientais
Rondônia Entre 2005-2010
Ridaj Sousa Silva1
Gian Lucas Zardo¹
Reginaldo Moraes da Silva¹
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Introdução
A malária é uma doença epidemiológica que apesar de muitos programas voltados à
seu combate e da redução nos últimos anos, ainda representa um dos maiores problemas de saúde publica no mundo, uma vez que dissemina-se por grandes regiões de clima tropical e subtropical sendo que sua abrangência endêmica englobou cerca de 104 países em 2012
(WHO, 2012). Ainda segundo WHO (2012) estima-se que no ano de 2010 ocorreram 219 milhões de casos de malária e cerca de 660 mil óbitos decorrentes desta no mundo.
Quanto aos aspectos epidemiológicos, os agentes causadores são protozoários da família plasmodiidae do gênero plasmodium, provenientes das seguintes espécies:
Plasmodium malariae, Plasmodium vivax, Plasmodium falciparum, Plasmodium ovale
(GOMES et al, 2001) e ainda há uma menos mencionada P. knowlesi (WHO, 2013). No
Brasil são registradas apenas as três primeiras sendo a P. ovale de ocorrência do continente
Africano (BRASIL, 2008).
Entre estas cinco supracitadas as manifestações causada por P. falciparum e P. vivax são as de mais importância, consistindo a primeira numa forma mais mortal da morbidade e a segunda constitui uma manifestação de ampla distribuição espacial em relação às demais, uma vez que é capaz de se desenvolver no seu vetor em baixas temperaturas, sobreviver a elevadas altitudes e em ambientes mais frios (WHO, 2013).
A malária é transmitida por seu único vetor a fêmea do mosquito do gênero
Anopheles, este gênero compreende um grupo de cerca de mais de 400 espécies, todavia apenas 30 são vetores de maior importância da morbidade (WHO, 2013), sendo que o ser humano é o único hospedeiro para as quatro principais espécies de Plasmodium (MADIGAN, et al, 2010).
No Brasil, os principais surtos epidemiológicos da malária ocorreram no período de
1980 a 1990