Caso soja 1
CASO SOJA
( Parte I) ROTA PARANAGUÁ
Um produtor de soja, cuja propriedade rural está localizada na Chapada dos Parecis em Mato Grosso (ver figura 1) , destina a sua produção para o mercado internacional, embarcando a sua produção especificamente para o porto de Rotterdam. Sua produção está no patamar de 150.000 ton por safra, sendo o custo de produção de US$ 138/ton. Uma vez concluída a safra, contrata empresas de transporte rodoviário para escoar toda a sua produção até o porto de Paranaguá, que fica a uma distância de 2.500 Km de sua fazenda.(ver figura 2) Em Paranaguá, contrata silos para armazenagem do produto. Coloca o seu produto no mercado futuro de Rotterdam, utilizando se de contratos futuros como forma de “hedge”para a sua produção. Freta três navios com capacidade de 50.000 ton cada um, o suficiente para escoar toda a sua produção. A viagem de Paranaguá até Rotterdam demora 18 dias.
No intuito de melhora o desempenho do seu negócio, o fazendeiro decidiu contratar os serviços de um consultor em Logística. Para ajudar na análise, se levantaram as seguintes considerações gerais:
• Durante a safra, os fretes rodoviários são significativamente mais baratos, em função da concorrência e da possibilidade de carga de retorno (insumos) para a próxima safra. Isto força a comercialização durante a safra. Este frete é de USD 0,03/ton (seguro incluído). Como o percurso é de 2.500 Km, o frete será de USD 75 / ton); • O produtor não tem silos na sua propriedade, sendo necessário enviar a colheita de imediato para o porto de embarque; • Os fretes marítimos são mais elevados durante a safra, por causa da grande procura; • Não se leva em conta o custo do estoque, dado o baixo valor agregado do produto; • Estima-se que o tempo decorrido entre a colheita do produto, o carregamento dos caminhões e a viagem até Paranaguá, é de aproximadamente 1 mês; • O custo portuário é de USD 9 / ton;