Caso Eike Ap S Bovespa Agora Pode Ser A Vez Da CVM 1
Ministério Público, que já investiga o presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, por omissão no caso Eike Batista, começa a recolher informações sobre o período em que o empresário surfou no mercado acionário, mentindo aos investidores minoritários; à época, a Comissão de Valores Mobiliários era chefiada por Maria Helena Santana e Otávio Yazbek, dois executivos que foram denunciados por receber opções de ações da BM&FBovespa; assim, a BM&F mantinha o "xerife" do mercado sob seu comando
247 - O escândalo Eike Batista pode ganhar novos desdobramentos. Na semana
passada, o Ministério Público anunciou que investigaria a atuação de Edemir
Pinto, presidente da BM&FBovespa, podendo denunciá-lo por "omissão" (leia mais aqui). Como se sabe, Eike mentiu aos investidores, por meio de fatos relevantes, notas na imprensa e até posts em sua conta no Twitter, em que anunciava grandes descobertas de petróleo, quando já sabia que os poços de sua OGX eram praticamente secos. Agora, até bens pessoais estão sendo transferidos aos filhos, o que pode se configurar fraude aos credores (leia mais aqui). E a Bovespa, comandada por Edemir Pinto, não tomou qualquer providência para evitar que o mercado brasileiro de ações caísse em descrédito.
Diante desse quadro, o Ministério Público avalia se deve investigar, também, a
Comissão de Valores Mobiliários, suposto xerife do mercado acionário, que também não tomou quaisquer providências no caso Eike. No período em que o ex-bilionário surfou nas bolsas, a autarquia era comandada por dois executivos –
Maria Helena Fernandes Santana e Otávio Yazbek – que mantinham fortes vínculos com a BM&FBovespa, de Edemir Pinto. Foram executivos da instituição e receberam opções de ações da BM&FBovespa, conforme denunciou uma corretora. Ou seja: Edemir concedeu um prêmio aos reguladores do mercado acionário antes da fusão entre a Bovespa e BM&F.
Em maio de 2012, quando Maria Helena foi substituída, Edemir Pinto fez