Caso de uso
Do livro: Princípios de Análise e Projeto de Sistemas com UML. Eduardo Bezerra. Editora Campus.
Considerando que o processo de desenvolvimento incremental é utilizado, a identificação da maioria dos atores e casos de uso é feita pelos analistas na fase de concepção. A descrição dos casos de uso considerados mais críticos começa já nessa fase, que termina com 10% a 20% do modelo de casos de uso completo. Na fase de elaboração, a construção do modelo continua de tal forma que, ao seu término, 80% do modelo de casos de uso esteja construído.
Na fase de construção, casos de uso formam uma base natural através da qual podem-se realizar as iterações do desenvolvimento. Um grupo de casos é alocado a cada iteração. Então, o desenvolvimento do sistema segue a alocação realizada: em cada iteração, um grupo de casos de uso é detalhado (utilizando um nível de abstração real) e desenvolvido. O processo continua até que todos os casos de uso tenham sido desenvolvidos e o sistema esteja completamente construído. Esse tipo de desenvolvimento é também chamado de desenvolvimento dirigido a casos de uso.
Conforme mencionado há pouco nesta seção, um fator importante para o sucesso do desenvolvimento do sistema é considerar os casos de uso mais importantes primeiramente. Murray Cantor (Cantor, 1998) propõe uma classificação dos casos de uso identificados para um sistema em função de dois parâmetros: risco de desenvolvimento e prioridades estabelecidas pelo usuário. Dessa forma, cada caso de uso se encaixa em uma das categorias a seguir:
1. Risco alto e prioridade alta: casos de uso nesta categoria são os mais críticos. Devem ser considerados o quanto antes.
2. Risco alto e prioridade baixa: embora os casos de uso nesta categoria tenham risco alto, é necessário, antes de começar a considerá-los, negociar