Caso de Estudo - Epilepsia
Normalmente, as células nervosas cerebrais (neurónios) comunicam entre si enviando sinais eléctricos minúsculos que passam de célula para célula. O padrão de descarga destes sinais eléctricos reflecte o grau de actividade cerebral. A localização destes sinais indica o que o cérebro está a fazer, tal como pensar, ver, sentir, ouvir, controlar o movimento dos músculos, etc. Uma convulsão ocorre quando o padrão de descarga dos sinais eléctricos cerebrais se torna subitamente muito anormal e intenso, quer numa área isolada do cérebro quer na sua totalidade.
Se estiver envolvida a totalidade do cérebro, a perturbação eléctrica é denominada convulsão generalizada. Este tipo de convulsão antigamente era chamado de convulsão tipo “grande mal”. O sinal mais facilmente reconhecível de uma convulsão generalizada é a rigidez do corpo e o espasmo dos membros conhecido por actividade motora tónico-clónica.
Diagnóstico?
O nosso paciente apresenta epilepsia, ou seja, uma doença resultante da tendência para ter convulsões repetidas, sem que consigamos identificar uma causa óbvia e reversível como drogas, febre ou alterações metabólicas.
Para o diagnóstico, o médico pode pedir um electroencefalograma (EEG), um exame indolor que detecta a actividade eléctrica do cérebro e que a traduz numa série de padrões impressos. Em 40 a 50% das pessoas com epilepsia, o primeiro EEG irá revelar uma combinação específica de padrões que confirma o diagnóstico. Se o primeiro EEG for normal, a sua repetição irá geralmente detectar o padrão anormal de ondas cerebrais.
Se um doente tiver tido sinais de convulsão, o médico pode começar por procurar identificar um factor desencadeante, tal como um nível baixo de açúcar no sangue ou eclâmpsia. Se o médico puder confirmar uma causa clínica exacta para a convulsão, o tratamento será orientado no sentido de corrigir a doença subjacente.
Se a convulsão parecer não ter sido provocada (ou seja não tiver sido desencadeada por um