case sociologia original
Clara Thamylis Serra da Silva Pinheiro²
Bruno Azevêdo³
1 DESCRIÇÃO DO CASO
Uma gravidez inesperada no início da minha vida é um caos, vinte anos, desempregada, sustentada diante instabilidade familiar e financeira. Acabando de voltar pro curso da carreira que sempre almejei, vivendo um sonho com todas as dificuldades. Olhar o futuro melhor, sempre idealizado com carinho e esforço pela minha mãe, que paga a minha faculdade com muito esforço, será colocado abaixo por uma gravidez indesejada. Não sei se estou disposta a prosseguir com a gestação, ter um filho para vida toda. Um bebê a essa altura exigirá tempo e dinheiro que não possuo, necessitará de afeto e dedicação que talvez não me sinta disposta a dar. Se eu cogitasse a hipótese de interromper essa gestação, abortar no Brasil é crime, e mesmo que exista outros meios alternativos/ilegais, a cada dois aborto uma mulher morre por um mal sucedido. A sensação de ser coagida a uma única opção a respeito do meu corpo e as condições psicológicas de ter ou não essa criança implicam nas minhas próprias convicções morais e religiosas.
A grande questão é fazer ou não aborto?
2 IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE
2.1. DESCRIÇÃO DAS DECISÕES POSSÍVEIS
Eu abortaria
Não abortaria
2.2. DESCRIÇÃO DOS ARGUMENTOS
Eu abortaria
Com base em meus prévios estudos antropológicos, especificamente sobre o Poder Simbólico inserido na realidade atual em que os agentes opressores e oprimidos não conseguem se distinguirem, ou não analisam os aspectos das influências em suas decisões e nas suas perspectivas de vida. Tento me desvencilhar desses conceitos, me pergunto porque o aborto é tão massacrado socialmente, ponderando como o aborto é encarado pela Igreja Católica e como convivemos com ele. A Igreja Católica desde os primórdios regeu a sociedade brasileira, sendo o próprio Estado, emitindo regras pautadas em seus fundamentos religiosos e após ter “perdido o controle estatal”, não