Case de branding - Moleskine
1781 palavras
8 páginas
HistóricoEm 1997, uma pequena editora em Milão decide reviver os velhos e famosos cadernos de rascunhos de capa preta, utilizados por Ernest Hemingway, Pablo Picasso, Bruce Chatwin, Vincent van Gogh e outros artistas. O nome Moleskine foi escolhido para trazer mais autenticidade aos cadernos, já que Chatwin os havia chamado pelo nome do material da capa na época Moleskin – couro de toupeira. O little black notebook era produzido por uma empresa familiar em Tours, França, que, em meados de 1986, fechou, tornando os cadernos extremamente raros.
Produzido por mais de um século, por essa pequena empresa familiar, e relançado em 1998 pela editora italiana Modo&Modo, o caderninho de capa preta – que atualmente não é mais feito de couro de toupeira –, com cantos arredondados, bolso interno expansível, costura que permite abertura em 180 graus, e elástico para segurar as páginas, este caderno é um item simples e sofisticado, paradoxal, assim como os artistas tão famosos, que os utilizaram por séculos.
O passar dos anos e a entrada definitiva na era digital, trouxe a dúvida se seria o fim dos cadernos e do papel. Contudo, a economia mostra o contrário, desde 2006, quando mais da metade da companhia foi vendida à Syntegra Capital, as vendas vêm crescendo sem parar. Algumas mudanças produtivas aconteceram e os cadernos, que eram feitos totalmente à mão, passaram a misturar a produção industrial e a artesanal. Em pouco tempo, Moleskine tornou-se sinônimo de identidade, cultura, viagens, memórias e imaginação, tanto no mundo real, analógico, como no mundo digital. Criando uma significativa mudança de posicionamento, para que não se criasse uma imagem antiquada na visão de seus consumidores. Atualmente, a marca engloba uma família de objetos nômades: cadernos, agendas, revistas, bolsas, instrumentos de escrita e acessórios de leitura, dedicada a nossa identidade móvel. São objetos que podem nos acompanhar em todos os lugares, tornam-se companheiros fiéis e acessíveis.