Casamento entre gaúchos e não gaúchos em Jataí Goiás

O CASAMENTO ENTRE GAÚCHOS E NÃO GAÚCHOS EM JATAÍ – GOIÁS Na década de 60 a Região Centro-Oeste passou por um intenso processo de modificação de sua base produtiva, impulsionada pela ação estatal, com o objetivo de modernizar a agropecuária e integrar a Região aos mercados internos e externos. Os anos seguintes foram marcados pela implantação de importantes empresas agroindustriais, de capital nacional e estrangeiro, ligadas diretamente aos programas de: incentivo fiscal, investimentos em infraestrutura, credito subsidiado e atuação de órgão oficiais, conforme citou José Marcos Pinto da Cunha. A década de 70 foi marcada pela “marcha modernizadora do oeste”, pois esta direcionou fluxos migratórios para as áreas mais promissoras, com mais chances de evoluir economicamente. Os incentivos do governo neste período para a ocupação do Centro-Oeste refletiram em significativos movimentos migratórios e grandes empreendimentos agropecuários na região. Na década de 80, a diminuição dos recursos destinados ao incentivo à colonização das fronteiras, modernização da agricultura, mudanças de cultivo, entre outros fatores, fazem-se sentir na diminuição dos volumes migratórios de cultivo, entre outros fatores, de acordo novamente com o autor José Marcos Pinto da Cunha.
O município de Jataí , Goiás, a partir da década de 70, recebeu migrantes principalmente vindos da Região Sul do país, atraídos pela expansão de novas fronteiras agrícolas. A autora Edione Raquel Fockink, em seu trabalho apresenta que cerca de 90% dos gaúchos que migraram para Jataí, foi durante este período de desenvolvimento, ocupando-se da atividade agrícola, motivados pelos incentivos fiscais, relacionados ao esgotamento das propriedades rurais no sul do Brasil. Dados obtidos por José Marcos Pinto da cunha, mostram que o porcentual de indivíduos sozinhos do sexo masculino é bem maior nas idades acima de 30 anos, no Mato Grosso, os homens a partir dessa idade representam 80% do total dos migrantes.