casa desarrumada
Por Marcos Coutinho
Há cerca de 13 anos o Espírito Santo vivia sua mais grave crise política e institucional, com repercussão em todo país, que envolveu diretamente o governador José Ignácio Ferreira (ex-PSDB), sua família e assessores próximos, marcando a história do Estado em 2001. De tão grave, houve risco de intervenção federal.
Hartung, que o sucedeu, com poucos meses à frente do governo, reestabilizou as finanças, colocou em ordem a folha de pagamentos do funcionalismo, restabeleceu o poder de investimento do estado e mandou para o xadrez a quadrilha que descaradamente saqueava o Espírito Santo.
A partir de então, houve a estabilização da ordem pública e a moralização do Espírito Santo. Contas públicas saneadas, estado crescente, servidor valorizado, instituições respeitadas e autoestima devolvida ao cidadão capixaba.
Foi assim que Renato Casagrande recebeu o estado.
Casagrande, porém, nos anos em que esteve à frente do Palácio Anchieta, demonstrou não ter sido um aluno aplicado na escola PH. Na economia, apontam os especialistas, a situação é preocupante. Na política, a unanimidade que Hartung instituiu e praticou, Renato deixou apenas no discurso. Nas pastas mais importantes de qualquer governo, a Educação e a Saúde, a aprovação popular não parece favorável.
No governo Paulo Hartung, os salários do magistério foram aumentados em 174% e no atual governo foram reduzidos em 5,8%. Isto em termos reais. Os abonos pagos no governo PH foram em média de R$2,2 mil por ano e no atual governo foi de R$700,00 nos três anos.
Durante os 8 anos em que esteve à frente do governo, Hartung arrecadou cerca de R$1,2 bi referente aos royalties do petróleo. Casagrande arrecadou, por ano, R$1,3 bi. Repetindo: O que Hartung arrecadou em oito anos, Casagrande arrecadou em um. Não obstante, as contas públicas estão em xeque. Como entender?
Eu explico:
No primeiro bimestre de 2014, enquanto a receita de ICMS,