Casa de vidro
Uma das primeiras intenções de Lina foi conservar o perfil natural do terreno, muito inclinado, o que influiu para que a frente da casa fosse construída sobre pilotis, mas sem deixar de fazer referência a um dos cinco pontos da arquitetura propostos por Le Corbusier. A parte de trás da residência ficou apoiada em muros de concreto diretamente sobre o terreno. A estrutura vertical se compõe por esbeltos tubos de aço, dispostos em uma modulação de quatro módulos de largura por cinco de profundidade. Formam os pilotis da residência e avançam pela laje do piso superior até alcançarem a laje de coberta, ambas de concreto armado. A casa se vê como uma caixa transparente flutuante em meio da natureza. De modo a tirar o máximo de proveito da privilegiada vista que se despega para a cidade, a casa foi projetada com o mínimo de proteção, de tal modo que as grandes janelas não possuem guarda-corpo. Assim, ao mesmo tempo em que a casa atua como um refúgio proporciona uma vida em constante contato com a natureza e contemplação da paisagem. Ao centro do salão se encontra um pátio, no qual foi mantida uma árvore remanescente da vegetação local. Além de servir como elemento de amenização climática, possibilitando ventilação cruzada nos dias quentes, esse elemento reforça o desejado contato com a natureza. Uma escada aberta, feita com estrutura de aço e degraus de granito, é o acesso principal ao andar