Casa de Armas Brancas da Fábrica Ipanema
Carl Gustaf Hedberg foi contratado, na Suécia, para construir a Real Fábrica de Ferro de Ipanema, no que se chamou Distrito do Ipanema. Pelas características do minério de ferro extraído do Morro Araçoiaba, cujas amostras vinha sendo estudada por ele ainda na Suécia, optou pela construção de quatro pequenos fornos, enfrentando, por isso, uma forte oposição dos irmãos Andrada, José Bonifácio e Martim Francisco, e do mineralogista alemão Varnhagen, que viria substituí-lo e erguer os altos fornos. Trazendo na bagagem tudo o que julgava necessário para a implantação da Real Fábrica de Ferro de Ipanema, o que incluía uma bigorna para fazer o furo das folhas de enxadas para a passagem do cabo, Carl Gustaf Hedberg construiu toda a infra estrutura que permitiu a produção da Fábrica de Ferro a partir de 1811 a 1912, embora ela tenha sido extinta oficialmente em 1895. A energia hidráulica, transformada em força mecânica, era gerada pela barragem das águas do rio Ipanema, alcançando os diferentes locais de produção por canais subterrâneos, conforme Hedberg projetou e construiu, montando ainda uma serraria mecanizada. Vista do interior da Casa de Armas Brancas
Hedberg também construiu um ancoradouro para o transporte de produtos, um depósito de minérios, atualmente chamado de Casa da Guarda, com um farol no topo para permitir a navegação noturna, a sede administrativa e o primeiro cemitério protestante.
O conjunto dos quatro fornos baixos de