carência afetiva
Conversando com meus pais, eles me disseram que depois que minha irmã mais nova nasceu eu fazia tudo pra chamar a atenção deles, me sentia rejeitado às vezes, e consequentemente eu aprontava muito. Hoje cursando esta disciplina eu consigo entender o porquê eu dava tanto trabalho no sentido de estar sempre aprontando, o que na verdade era uma forma de encarar a carência afetiva dos meus pais.
DEFINIÇÃO
A carência afetiva é múltipla, tanto em sua natureza quanto em sua forma. É impossível defini-la de maneira unívoca, pois é necessário levar em conta três dimensões na interação mãe-filho.
1. A insuficiência de interação que remete à ausência da mãe ou do substituto materno (internação institucional precoce);
2. A descontinuidade dos laços que coloca em cena separações, quais quer que sejam seus motivos;
3. A distorção que presta contas da qualidade do aporte materno (mãe caótica, imprevisível); A carência afetiva produz efeitos variáveis conforme a sua natureza (insuficiência, distorção ou descontinuidade), mas também conforme a sua duração de idade da criança, qualidade de maternagem que a procedeu.
AVALIAÇÃO MULTIAXIAL
Eixo I: Dentro do meu quadro clínico na infância, destaco:
1. Perturbações de humor: Meus pais diziam que eu ficava muito irritado quando eles passavam mais tempo com minha irmã, ou até mesmo quando eles falavam dela em minha frente. Sempre que eles a colocavam como prioridade eu primeiro chorava muito e após o choro passava boa parte do tempo irritado e desanimado.
2. Perturbação do controle dos impulsos: Eu ainda tinha atitudes impulsivas, inocentes mas que colocavam em risco a minha integridade a cada vez que eu queria chamar a atenção, principalmente do meu pai.
EIXO II:
1. Perturbação narcísica da personalidade: Eu procurava ser o melhor em todas as atividades as quais participava no intuito de todo mundo me achar bom o bastante, para que isso chegasse aos ouvidos dos meus pais.
EIXO