carta de venza
O documento começa por definir monumento como sendo não só a criação arquitetônica mas também o meio envolvente, desde que nele estejam contidas manifestações de uma civilização particular ou acontecimento histórico. Refere, também, que na sua conservação e restauro devem ser usadas todas as ciências e técnicas que possam contribuir para o estudo e proteção do património.
No ponto seguinte, diz da essência do monumento, que não deve ser alterada aquando das operações de conservação, pelo que o mesmo não deve ser retirado do seu meio nem tão pouco ser despojado de alguma das suas partes.
No que respeita ao restauro, o mesmo deve ser feito respeitando os materiais originais e a documentação existente, bem como ser precedido e acompanhado por um estudo arquitetônico e histórico do monumento.
Devem também ser tidas em conta todas as contribuições das várias épocas para o monumento. Neste campo, o documento diz ainda que todos os elementos necessários acrescentar devem integrar-se na essência do monumento mas, ao mesmo tempo, ser passíveis de distinção para que não "falsifiquem" a obra.
Quanto ao item das escavações arqueológicas, o documento diz-nos que estas devem ser feitas de acordo com os princípios internacionais a aplicar em matéria de escavações arqueológicas da Unesco de 1956.
Por fim, o documento diz que todos os trabalhos de conservação, restauro ou escavações devem ser acompanhados de um registo sob forma de relatório e ilustrados com desenhos e fotografias que será possível publicação do documento.
Neste documento está visivelmente presente a preocupação não só com o monumento mas também com o seu meio envolvente como parte integrante deste, para além da necessidade de documentar todo o processo de conservação ou de estudo do monumento para eventuais futuras intervenções.