Carta de Paula
Em poucas linhas, gostaria de tentar explicar os motivos para me candidatar para o Board de MSF-Brasil. Desde que me juntei a Médicos Sem Fronteiras, surgiu em mim um sentimento difícil de explicar, que pode ser definido como profunda gratidão pela oportunidade de vivenciar as experiências incríveis do trabalho em campo, que mudaram a minha vida e o meu modo de ver o mundo.
Mudou-me para tão melhor, que quase não consigo ver altruísmo nisso tudo, pois fui eu quem mais recebeu e lucrou no final. Não há palavras que façam jus para agradecer essa chance, e acredito que muitos sentem o mesmo. Desde que estou de volta, procuro estar por perto, como associada, como amiga, cultivando amizades maravilhosas que foram fruto dessa aproximação, pois como esperado, uma organização como essa agrega pessoas afins, com idéias e ideais semelhantes, que bastam se conhecerem melhor para se identificarem umas com as outras e começaram grades amizades. Logo da criação do
Associativo, procurei participar e entender aos poucos o funcionamento da organização, já que a única atividade com a qual havia tido contato real foi a do campo, dentro da minha área de expertise. Decidi participar do Working Group para melhorar esse entendimento e estreitar meus laços com MSF. O resultado foi muito positivo e, como era de se esperar, novamente recebi mais do que provi. Ao mesmo tempo, pude observar um pouco mais de perto o funcionamento do Board e suas atividades, conquistas e problemáticas da criação do Associativo, dificuldades com as idéias novas provenientes de um
Associativo novo e inexperiente etc. E essa aproximação me provocou a querer participar mais, de modo mais ativo, mais intrínseco, mais pertencente ainda a
MSF. Como representante do Associativo, o Board tem chance de ouvir e ser porta voz, de atuar mais dentro do próprio Associativo, de unir associados em idéias e ideais comuns e, consequentemente, fortalecê-lo. A intenção de
integrar-me